quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Sobre o Escrever Matemática

Inicialmente, conforme sugeriu Donald Knuth na criação do TeX, num texto matemático a letra x deve ser diferente da incógnita x. Se você está vendo x e x da mesma forma, ou há um problema em teu leitor, ou aquele que vos fala não preparou o arquivo corretamente. Em todo caso, devemos saber diferenciar o que é elemento textual, como y=f(x), de elemento matemático como y = f(x).

Textos matemáticos utilizam números, símbolos, literais e operadores. Por exemplo, isso log representar 3 literais enquanto isso log representa o operador de logaritmo. Isso faz muita diferença, por exemplo, quando vamos vamos apresentar a propriedade log xy = log x + log y. Imagina isso escrito da forma logxy = logx + logy. Feio, não?

Matemáticos precisam de muitos símbolos. As 26 letras do alfabeto não são suficientes. Nem mesmo se entendermos maiúsculas e minúsculas como diferentes. Precisamos das letras gregas π, φ, Δ para representar operadores e constantes. Usamos o do alfabeto hebraico na representação de cardinais infinitos, pois o grego não deu conta. Inventamos nossos próprios símbolos como , , , , , . Sem tudo isso, como iriamos representar a lei de entropia dS 0?

Gostamos de empilhar símbolos com índices a0, a1, a2, ... e potências ax2 + bx + c. Sem isso vocês não teriam a equação do teorema de Pitágoras c2 = a2 + b2, para usar no dia-a-dia, sequer saberia a relação E = mc2 entre a energia e a massa proveniente da teoria da relatividade. A bela identidade de Euler eπi = 1 que carrega as três principais constantes matemáticas seriam inexpressível. Ou ainda não poderia fazer coisas como xyz , x2y ou definir uma função como f(x) = x2x .

Se inventar e empilhar símbolos não é o suficiente, também esticamos notações para fazer caber expressões dentro de radicandos tais como a2 + b2 ou nas frações das forma a b + c d = ad + bc bd . Tais maleabilidades é completamente necessária para uma apresentação descente da fórmula de resolução da equação do segundo grau

x1,2 = ±b2 4ac 2a
(2.1)

ou a do terceiro grau de Cardano-Tartaglia

x = q 2 + (q 2)2 + (p 3)33 + q 2 (q 2)2 + (p 3)33
(2.2)

Sim, também precisamos enumerar as equações, se não como faríamos a referência dos parênteses alargados da Equação (2.2)? Além de adaptar os tamanhos de parênteses, conchetes e chaves, os matemáticos gostam de modificar muitos outros símbolos, como por exemplos o símbolos de integral que é assim abf(x)dx, mas pode se apresentar assim abf(x)dx. Quando usado de forma adequada fica visualmente agradável apresentar uma somatório infinito na linha do parágrafo tal como 1 = i=19 × 10i, ou então numa equação centralizada como

π2 8 = i=0 1 (2n + 1)2
(2.3)

Além das potências e índices, matemáticos precisam empilhar símbolos uns sobres os outros, alinhados verticalmente, para a devida precisão na divulgação científica. Se não fosse assim, como diferenciaríamos um escalar x de um verto v? Não bastando empilhá-los, é necessário que estes se adaptem a um comprimento necessário, pois que credibilidade teria uma livro de geometria ao apresentar uma semirrete assim AB ao invés da correta representação que é assim AB? Sem essas ferramentas, a física não poderia expressão a beleza teórica de forma visual como nas equações de Maxwell abaixo

{EdA=qε0Eds=dΦBdtBdA=0Bds=μ0I+μ0ε0dΦEdt
(2.4)

E por fim, queremos que todos estes símbolos e notações caibam em tabelas. Não tabelas usuais, centralizadas e referenciadas segundo a norma, mas em matrizes, que são elementos matemáticos como [ a b 1 f ], ou seja, uma matriz simples que pode ser representada na própria linha do parágrafo, ou a matriz do operador Hessiano, um pouco maior, representada de forma centralizada logo abaixo

H(f) = [ 2f x12 2f x1x2 ... 2f x1xn 2f x2x1 2f 2x2 ... 2f x2xn 2f xnx1 2f xnx2 ... 2f 2xn ]
(2.5)

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