quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

SDex

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Metas e Organização

Ano novo chegando e mais uma vez temos a oportunidade de repensar nossas rotinas, metas e organizações. É neste momento que compramos uma agenda, com uma página para cada dia do ano, e marcamos nossos compromissos e metas: academia, viagens, investimentos, etc...

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Embora agendas, sejam elas digitais ou físicas, sejam uma ótima ferramente para armazenar informações de compromisso e desocupar as funções cerebrais para coisas mais práticas, agendas nunca funcionaram de forma adequada para mim.

Como professor, os compromissos com aulas, orientações e reuniões são sempre corriqueiras. Porém fixas durante a semana de modo a não serem necessárias registrá-las numa agenda toda semana. Por outro lado, consultas médicas, viagens e outros compromissos mais específicos são tão raros que parece um desperdício de papel ter uma agenda só para escrevê-los, sendo que um alarme é muito mais eficiente nesses casos.

Nos poucos anos em que usei alguma agenda, eu sempre terminava o período com um monte de páginas em branco desperdiçadas. Ou então, acumulava nas páginas de uma mesma semana as anotações de preparação de aula ou de reuniões. Na verdade, o que eu realmente precisava era de um fichário, e não uma agenda.

Felizmente, agendas não são a única forma de organização de compromissos que existem.

Planejadores e Agendas Gráficas

Para quem tem compromissos diversos, mas que não muda consideravelmente de uma semana para a outro (como é o caso de um professor), um quadro semanal ou invés de uma agenda de 365 páginas pode ser uma melhor opção de organização.

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Nestas tentativas de me organizar melhor com meus compromissos, cheguei a utilizar  algumas ferramentas gráficas de organização, ótimas para ter um panorama do quão calmo ou agitado seria meu dia a dia. É claro que a primeira dessas ferramentas é obviamente o calendário, uma folhinha quadriculada com todos os dia do mês, onde marcamos de forma colorida as datas importantes e feriados (feriados são muito importantes).

Outra ferramente visual que me chamou a atenção foi o Chronodex. Essa ferramenta consiste de um diagrama de setores onde os compromisso do dia são preenchidos seguindo a orientação de um relógio analógico. O Chronodex destaca o período mais produtivo do dia, das 6 horas da manhã até as 9 horas da noite, porém com espaço para demais horários.

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Visto que este diagrama destaca com raios diferentes períodos de 1 em 1 hora e de 3 em 3 horas, uma vez preenchido, o Chronodex apresentará uma estética agradável. De início, percebi que a própria atividade de preencher o Chronodex já é em si satisfatória. Além disso, a similaridade com um relógio analógico garante que uma consulta rápida ao Chronodex seja suficiente para ter uma ideia dos compromissos do dia.

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SemanárioDex

Como todo solução para os problemas de uma pessoa nem sempre vai resolver o de outro, para mim, o Chronodex foi um sistema de organização que não me supriu totalmente. Se por um lado preencher os setores do Chronodex  algumas vezes pode ser uma atividade prazerosa, por outro fazer isso todo santo dia elimina completamente esta satisfação. A solução que encontrei para minha organização foi conciliar o apelo visual do Chronodex com o panorama de um visualizador semanal. E assim nasceu o SemanárioDex (ou SDex, para ser mais sucinto).

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Enquanto o Chronodex consegue mostrar toda a agenda de compromissos de um dia, o SDex concentra toda a sua agenda da semana num único diagrama de setores. Enquanto o Chronodex distribui-se num círculo de 12 horas conforme um relógio analógico, o SemanárioDex distribui-se um círculo de 24 horas, comparado à posição do Sol no céu. Assim como o Chronodex prioriza o período das 6 am às 9 pm a partir da disposição dos setores, o SDex prioriza o intervalo das 9h às 21h a partir de círculos nada concêntricos.

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A ideia do SDex é preencher as agendas de segunda-feira à sexta-feira nos anéis entre os círculos, partindo do menor como a segunda-feira para o maior sendo os compromissos de sexta-feira. Os compromissos de domingo e o sábado, se houverem, podem ser preenchidos na parte interna e externa, respectivamente, ao conjunto de circunferências.

Até o momento deste artigo tenho usado o SDex há dois meses e o resultado, tanto em organização como estético tem me agradado. Ainda estou decidindo se o melhor para este diagrama é preencher apenas os compromissos ou organizar todas as atividades, como período de estudo, leitura, lazer e organização da casa. Fato é que, quanto mais colorido, melhor.

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domingo, 24 de dezembro de 2023

Retorno a Tecnologias Antigas

Você já reparou que alguns setores consolidados da sociedades usam muita tecnologia antiga? Por exemplo, empresas sérias ainda usam e-mail, escritórios utilizam computadores de mesa, repórteres utilizam sites e blogs e a maioria das configurações do linux ainda é feita pela tela preta do terminal. Raramente vemos uma loja de abrangência nacional atender seus clientes pelo whatsapp, exceto se o atendente for um bot.

Particularmente, eu atribuo isso à hipótese de que o desenvolvimento das tecnologias atuais não se interessam mais por criar facilidades para os problemas cotidianos. Mas o que estou quero dizer com isso? Tentarei explicar dando um panorama do que era a tecnologia digital a uns 20 anos atrás até agora.

Inicialmente o computador foi criado com a intenção de computar. Óbvio. Da máquina de pascal ao pesado ENIAC, o objetivo da computação sempre foi faz cálculo com precisão e velocidade impossíveis para um ser humano. Um bom tempo depois, a invenção do transistor permitiu que essa gigantescas máquinas passassem pelas portas de nossas casas. E depois entrassem em nossos bolsos.

Pulando a evolução dos sistemas operacionais, os primeiros computadores permitiram escrever cartas sem rasurar os erros no papel, organizar orçamentos com mais facilidades que as cadernetas de bolso, ouvir músicas, organizar imagens (não fotos, pois ninguém tinha câmera digital), jogar paciência e campo minado e compartilhar tudo isso organizado-os em pastas a partir de um diquete de 3½ polegadas.

Com a popularização da internet novos avanços começaram a aparecer. Se antes copiávamos palavra por palavra os livros da biblioteca nos trabalhos escolares, agora usávamos o Ctrl+C e Ctrl+V do site trabalhos prontos. Agora poderíamos buscar por tutoriais na internet, por exemplo de como fazer um rádio AM (embora nunca tenha funcionado). Aparecia (para nós) os primeiros rudimentos de comunicação social: e-mail, salas de bate papo, msn, orkut, organizados por interesses. Tínhamos o Blogger. Nascia também o poderoso buscador de conteúdos, a enciclopédia viva das redes, o incrível site Cadê?. Ah, e o pequeno Google veio depois também.

Depois disso começaram a se popularizar os telefones celulares. O indestrutível Nokia 3310 e o seu jogo de navinha. Troca de SMS (ainda existe viu). Depois telas coloridas. Mas adiante suporte a aplicativos flash (não me orgulho, mas eu li crepúsculo em flash num sony ericsson w200i). E teclado quer no celular amora. E por fim o fim das telas no sistema Android (eu sei que o primeiro foi o IOS, mas isso não é uma linha do tempo).

Acredito que a partir desse momento as coisas começam a desandar, mais precisamente no fim o Orkut e o início do Facebook. O Facebook trouxe consigo a incrível tecnologia do feed rolável, onde você não tem mais a preocupação de procurar o que quer, é só deixar rolar. Além disso, é fácil teu tio chato e tua mãe te encontrar na rede social. Quem quer interagir com a mãe na internet? Bora rolar o feed. Num mundo gratuito para os usuários, e pago pelos banners de propagandas, o Facebook fez o que era eticamente esperado por uma rede social da sua época, maximizar os lucros da empresa. Como isso? Aumentando a audiência dos usuários para que possam ver mais propagandas.

Não quero só tacar pedras na rede social da Meta, mas usá-la como exemplo de tantas outras coisas que seguem o mesmo caminho. Num primeiro momento a tecnologia era desenvolvida para resolver problemas cotidianos e vendidas aos interessados, como uma máquina de lavar roupas. Depois, cria-se o entretenimento gratuito, patrocinado pelas propagandas das empresas, assim como a tv aberta. Nesta segunda etapa o entretenimento tem o objetivo de ser gratificante ao cliente, de modo que ele aproveite seu tempo livre nisso. Porém, vivemos uma terceira etapa, onde o objetivo é maximizar o lucros da "empresa de entretenimento", prendendo a atenção o usuário com todo e qualquer estratégia psicológica possível.

Na terceira etapa da tecnologia deixamos de aproveitar o tempo livre com a tecnologia, mas passamos a esgotar nosso tempo nela. O feed rolável do Facebook de gota em gota nos mostrar algo interessante em meio a um monte de porcaria. Tal esquema é repetido pelo Twiter, pelo Youtube, pelos aplicativos e sites de lojas, sempre nos mostrando coisas que nunca pedimos para ver. Já os formatos dos celulares atuais não ajudam (a nós, mas ajudam a eles), uma vez que são eficientes para rolar feeds e compartilhar conteúdos, mas pouco eficientes para escrever e ser criativos.

Se tudo isso que estou dizendo faz algum sentido, não é difícil de entender por que empresas e setores sociais consolidados, que prezam pela eficiência de sua produções, prefiram um e-mail a um WhatsApp, um computador com tela grande e teclado a um celular, a consumir e escrever notícias em um blog ou jornal tradicional a um Twiter.

Para além desses exemplos acima citados, tenho visto outros retornos à tecnologias antigas, porém eficientes quando se trata em questão de produtividade. Um destes exemplo é a escrita em markdown, que não exige mais que um bloco de notas para escrever textos elaborados (sim, eu que você usa o WhatsApp para fazer lista de comprar do mercado, e nem sabe onde fica o bloco de notas do celular). Outro exemplo é a integração do ChatGPT com o terminal linux para formatar arquivos, o que uni uma tecnologia atual com uma antiga.

No fim das contas, a impressão de que nosso tempo é curto nos leva a pensar que precisamos extrair o máximo de nosso tempo livre, o que é um tiro no pé, pois não nos damos a opção de assistir um filme ruim, mas passamos horas sem escolher nada do catálogo. Tiramos um monte de fotos para que uma sai perfeita, mas não aproveitamos o lugar. Não refletimos sobre nossas necessidades materiais, mas compramos coisas inúteis. Não paramos para estudar ou ler um livro, mas consumimos vídeos e podcasts duvidosos. Não lutamos as lutas que nos fazer sentido, mas nos deixamos tirar do sério por um cometário de uma ser aleatório. Escrevemos nossas opiniões aos pedaços em cometários aleatórios da internet, mas não organizamos nossas ideias em um blog.

quarta-feira, 5 de abril de 2023

CONTOS

1. A GAROTA DE ROSTO AVERMELHADO
2. O SENTIDO DA VIDA
3. SÓ, NUMA NOITE, NUMA ESTRADA
4. A BORBOLETA DO MAL

7x13=28?

Não compreender bem a estrutura de formação dos números na representação decimal pode acarretar a erros de cálculo que normalmente passam desapercebido para quem está resolvendo um exercício.

Todo sabemos (ou espero que saibamos) que o resultado de 7x13 é 91 e não 28. No vídeo abaixo a dupla de humorista dos anos 40, Abbott e Costello, mostram uma manipulação na conta 7x13 onde o resultado é 28.

O vídeo mostra o que acontece quando desrespeitamos a ordem das dezenas e das unidades dos números.



MATEMÁTICA

I. ENSINO MÉDIO

1. FUNÇÕES
. . 1.1. Função Do 2º Grau
. . 1.1.1 Vertice da função do 2º grau

2. SEQUÊNCIAS E PROGRESSÕES

II. ENSINO SUPERIOR

1. ÁLGEBRA
. . 1.2. Grupos

RPG

1. JOGO DE INTERPRETAÇÃO DE PAPÉIS
2. NASCE UM PERSONAGEM
3. ENTRANDO EM CENA

Grupos - Introdução


1. INTRODUÇÃO

O conceito de grupo é uma forma generalizada de trabalhar com diversos elementos da matemática que têm algo em comum, porem que seria exaustivo deduzir separadamente suas propriedades. Por exemplo, tome o conjunto dos números inteiros Z e o conjunto das matrizes de números reais 2x2. Em cada um destes conjunto temos definidas duas operações chamadas soma e multiplicação, embora a soma se inteiros seja diferente da soma de matrizes há certas semelhanças entre elas, como a existência de um elemento que somado com qualquer outro do conjunto dá como resultado este qualquer outro, somar a+b é o mesmo que somar b+a seja a e b números ou matrizes, para cada elemento (número ou matriz) existe um outro que somado a este dá o elemento neutro. A representação do que foi falado acima pode ser visto no esquema abaixo:




Podemos fazer algumas comparações entre estes dois conjunto também relativo a multiplicação, a diferença aqui é que o produto de duas matrizes pode dar zero e nem sempre AB=BA quando A e B são matrizes.

O objeto grupo foi inicialmente associado a resoluções de equações polinomiais de grau maior que 4. Até a época de 1824 vários matemáticos se empenhavam em encontrar uma formula para resolução de equações polinomiais de grau maior ou igual a cinco. Entretanto Niels Abel deu uma demonstração de que não há uma formula geral de resolução para equações de grau 5 ou acima evolvendo apenas as operações básicas e a estração de raiz.

Evariste Galois alguns anos depois estabeleceu um critério que diz quando um equação pode ser resolvida a partir das operações mencionadas acima. Galois havia associado as raízes da equação a um conjunto onde era definida uma operação, a partir das propriedades deste conjunto poderia dizer se era possível ou não resolver a equação a partir de radicais. Galois chamou este conjunto com a respectiva operação de Grupo.


2. DEFINIÇÃO E CONCEITO

Dado um conjunto G, uma operação neste conjunto é uma aplicação *:GXG→G onde *(a,b)=a*b. Em outras palavras, uma operação em um conjunto G é uma regra que associa capa par de elementos a e b a um outro elemento a*b em G.
Dado um conjunto G onde está definida uma operação *, chamamos a estrutura (G,*) de grupo se a operação * satisfaz as seguintes condições:


Note que aqui não estamos assumindo necessariamente que a operação seja comutativa, isto é, a*b=b*a. Caso isto aconteça o grupo é chamado grupo comutativo, ou grupo abeliano em homenagem ao matemático Niels Abel.

Note que a partir desta definição podemos fazer algumas inferências das propriedades de operações e conjuntos diversos. No exemplo anterior tanto o conjunto dos inteiros com das matrizes com suas respectivas somas satisfazer as condições de grupos, logo são grupos. Os números racionais, exeto o zero, com a multiplicação também satisfaz as condições de grupos.

Além dos exemplos citados acima podemos encontrar exemplos mais sutís de grupos, como as simetrias de um triângulo equilátero (conhecido como grupos Diametral 3), as permutações de objetos, diferentes subconjunto numéricos, entre outros