quinta-feira, 6 de maio de 2010

só, numa noite, numa estrada

A noite era fria e o vento soprava com fúria do rosto da garota. Já
andava a algum tempo por uma estava que marginava a floresta, o medo
fazia seu coração saltar acelerado no peito, não tinha coragem o
suficiente para andar a maior parte do caminho de olhos abertos,
caminho este cujo escuridão confundia a mente mais sã.

As estrelas no céu pareciam brincar de esconde-esconde com as nuvens que
passavam rápido sendo arrastadas pela força do vento. O vulto das
árvores e o capim da beira da estrada que rosava suas canelas eram as
únicas formas de ser localizar no acostamento da estrada.

A garota não sabia dizer se o que ouviu foi alguém correndo pela mata
ou o silvo constante do vento na copa das árvores. Seu coração por
incrível que pareça bateu mais rápido, de relance a garota parou e por
um momento exitou olhar por entre as árvores.

Virou-se. Nada a mais de dois metros poderia ser visto dentro daquela floresta fechada.

---Quem está ai?---Falou finalmente tomando coragem---Sai dai, está me assustando.

As ultimas palavras da garota foram de choro e pavor. Ela saiu de perto
do mato a beira da estrada, sentou-se no meio da rua olhando
receosamente para todos os lados e chorando. Esperaria ali às 4 horas
restantes da noite até os primeiros raios do sol lhe mostrar que tudo
não passava de sua imaginação.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Mor, lindo o conto, tem um ar de mistério, até parece Crepusculo...rsrsrs. A moça andando sozinha na noite com medo.

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